Sônia
Maria e Luís Carlos conseguem apurar cerca de R$ 20 por dia
RAFA ELEUTÉRIO
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Apesar de
criticados por muitos lojistas, os catadores de lixo acabam funcionando como um
importante braço da coleta seletiva. São eles que separam parte dos resíduos
sólidos produzidos pelo comércio, e que está misturado, para fazer renda. O
problema é que isso, geralmente, acaba acarretando em muita sujeira pelas ruas
e calçadas da cidade, já que o restante dos detritos, como comida, fica
espalhado. Sônia Maria de Souza e Luís Carlos são catadores. O casal chega no
Centro, diariamente, por volta das 19h. A partir daí, o trabalho começa, e eles
saem abrindo e fechando sacolas de lixo à procura de papelão. E o serviço tem
de ser ágil, pois só segue até que o caminhão de lixo passe e leve tudo.
Geração de renda
Por não terem se escolarizado, acabaram tendo que recorrer à atividade para "pagar o cantinho", como explica, com orgulho, Sônia. Por enquanto, eles garantem que está dando. Cada quilo de papel é vendido a R$ 0,10 para um depósito de reciclagem nas proximidades do Centro. No total, eles conseguem apurar, por dia, cerca de R$ 20, montante que vem justamente dos 200 quilos recolhidos por noite.
Metade dessa renda é dada para a locatária do imóvel onde vivem, pois o aluguel é cobrado diariamente. Por enquanto, o casal não pensa em ter filhos. Apenas preocupam-se em juntar o máximo de papelão possível para conseguir bancar seu teto. É o que faz também o catador Francisco Souza de Oliveira, de 33 anos. Ele vende o quilo do papelão a R$ 0,10, mas, por dia, consegue apurar um pouco menos que Sônia e Luís Carlos: entre R$ 15 e R$ 17.
Apesar de marginalizados, o papel dos catadores é fundamental na readequação dos materiais selecionados, impedindo que esses resíduos fiquem expostos no meio ambiente e funcionando como uma alternativa aos lixões. (DB)
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