Moradores querem revitalizar Rio Salgado

Cerca de mil pessoas participaram da caminhada em defesa do rio que já agoniza em alguns trechos da região
ELISÂNGELA SANTOS

O Rio Salgado, que passa por diversas cidades do Cariri, sofre intensa poluição entre Crato e Juazeiro do Norte

Juazeiro do Norte Um grito em favor da revitalização do Rio Salgado. Moradores da região fazem um alerta para que o rio seja salvo. Um movimento está sendo realizado no sentido de mostrar a população o problema. Uma caminhada aconteceu na quarta-feira, com saída de um grupo de pessoas da Praça Padre Cícero, em passeata até a ponte sobre o rio, a Monsenhor Murilo de Sá Barreto, a caminho do Horto. A pretensão é discutir o tema em seminário, que estará sendo articulado pela organização do movimento.

Cerca de mil pessoas participaram da caminhada. O evento contou com a participação das Comunidades Eclesiais de Base (Cebs) e de pastorais de cidades da região. Estiveram no evento integrantes do 17º Grito dos Excluídos, que, pela manhã, participaram de manifestação no 7 de setembro, em Crato. A ação conta como lema "Vida em primeiro lugar".

A caminhada objetivou promover uma sensibilização da sociedade ao atual estado de poluição em que se encontra o Rio Salgado, que passa por cidades como Crato e Juazeiro do Norte, e outros Municípios da região. Mas é nesse trecho, entre as duas cidades, que o rio se encontra mais poluído.

De acordo com um dos organizadores da caminhada, José Batista da Silva, do movimento de articulação das pastorais sociais, o movimento partiu das paróquias de Juazeiro do Norte, e a passeata é o primeiro passo como abertura de diálogo para se tratar sobre o problema com as diversas instituições. Ele afirma que está sendo realizado um levantamento para verificar quais as instituições que estão com algum trabalho voltado para a recuperação e preservação do Rio Salgado.

No próximo dia 15, Batista afirma que estará reunido com uma equipe da Bacia do Salgado, para debater a realidade em que se encontra a área. Ele lamenta o descaso ao longo dos anos. Segundo o articulador, o rio está morto em alguns trechos, principalmente na área da ponte, visitada durante a caminhada. No local foi realizada uma celebração.

De acordo com Batista, a proposta agora é que seja realizado um seminário para tratar do assunto e suas problemáticas, com a participação de todos.

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1038554 <acessado em 09/09/11 às 07:50>