quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Seminário debate sobre poluição



O lixão de Iguatu é um dos poluidores do meio ambiente e que também prejudica a população do Município
HONÓRIO BARBOSA

A pobreza, o lixo, as queimadas e o uso indiscriminado de agrotóxicos foram abordado em Iguatu

Iguatu. A importância das lagoas para o sistema de preservação ambiental e a poluição causada pelo lixão desta cidade foram os temas que dominaram o seminário "Grito dos Excluídos, em defesa da vida", promovido pela Diocese de Iguatu, no ginásio do Serviço Social do Comércio (Sesc). O evento reuniu cerca de 700 participantes de 19 Municípios do Centro-Sul.

A pobreza, o lixo, as queimadas e o uso indiscriminado de agrotóxicos foram temáticas abordadas no seminário. Os palestrantes mostraram preocupação com a agressão ao meio ambiente no sertão cearense. O corte de matas ciliares dos rios, a poluição de lagoas, os lixões que são crescentes nas cidades do Interior e o uso abusivo de venenos nas lavouras dominaram os debates.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Caomace), procuradora de Justiça, Sheila Pitombeira, enfatizou a necessidade de rigor na fiscalização para a venda de agrotóxicos e na orientação aos produtores rurais para o uso desses produtos na lavoura. "Nas questões que envolvem o meio ambiente é preciso que a coletividade tome decisões. Aqui foram apresentadas várias reivindicações que esperamos que o poder público local dê atenção devida".

Moradores de bairros próximos ao lixão de Iguatu mais uma vez denunciaram a queima diária do lixo, provocando problemas de saúde causados pelo excesso de fumaça. Os catadores solicitaram apoio para a associação e melhores condições de trabalho. Atualmente, o Município enfrenta um impasse com relação ao destino final do lixo, que é depositada em uma rampa saturada, localizada nas margens da rodovia CE-282.

A obra de construção do aterro sanitário está embargada por decisão judicial local, que considerou a área imprópria por estar localizada no entorno da Lagoa do Julião. A procuradora de Justiça, Sheila Pitombeira, mostrou a necessidade de o Município implantar um sistema de coleta seletiva do lixo e de atender a decisão da Justiça, procurando outro local para implantar o aterro.

O prefeito de Iguatu, Agenor Neto, lembrou que nos últimos seis anos realizou várias obras de infraestrutura, de drenagem e cobertura de canais de esgoto. Disse que a escolha do local do aterro sanitário ocorreu na gestão anterior e transferiu a responsabilidade para os técnicos da Semace, que concederam licenças de instalação.

O bispo de Iguatu, dom João Costa, frisou a importância do evento que tratou das questões ambientais. "Alcançamos os nossos objetivos mediante a participação de um público elevado e eclético". O religioso defendeu a ideia de tombamento das principais lagoas da cidade como forma de preservação e atrativo turístico local.

MAIS INFORMAÇÕES:
Cúria Diocesana
Rua Evaldo Gouveia, S/N
Bairro São Sebastião
Telefone: (88) 3581. 0731

Honório Barbosa


Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1041011 <acessado em 14/09/11 às 07:30>

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